O cão atravessou a rua direitinho ao automóvel azul. Punto. Rodeou dum lado e doutro, cheirou dum lado e doutro e desinteressou-se. Saltitou para o seguinte. Corsa. Um azar do caraças. O dono estava a chegar. Enxotou-o dali para fora sem piedade. O cão regressou a este lado da rua e esperou. Ao fim de cinco segundos, já desesperava. Coisa normal num cão de orelhas longas. Salvou-o um desportivo japonês que parou em cima da passadeira. Mal ouviu o clic do comando a trancar as portas, o orelhas aproximou-se do pneu do lado direito e fez o que tinha a fazer.