30.9.09
momento
29.9.09
28.9.09
motivação
- Sim?
- Boa tarde. Fala do citi. Posso falar com a dona fulana de tal ?
- Do citi? Qual citi?
- Do citibank. Como está dona fulana de tal?
(pausa, A conta mentalmente até cinco)
- Estou bem, obrigada. (sem pausa; em tom seco) Diga então o que é que quer?
- Dona fulana de tal, o meu nome é sicrana de tal, mas deixe-me dizer-lhe antes que esta conversa poderá estar a ser gravada por motivos de segurança-
(A interrompe B)
- Por motivos de segurança? Mas eu não tenho nada a ver com o Citibank, pois não?
- Queria dar-lhe conta de uma promoção
(A interrompe B, novamente)
- Ficamos por aqui. (a rosnar) Por motivos de segurança.
Depois de desligar, A esteve tentada a ligar para a esquadra e perguntar se tinha havido algum assalto ao citibank.
25.9.09
diálogos
"- O que é que tens?
- Nada. Porquê?
- 'Tás diferente. Passa-se alguma coisa?"
É tão bom ter a televisão ligada.
24.9.09
outro tempo qualquer
22.9.09
Jorge de Sena, poema de 1965
Amor, amor, amor, como não amam
os que de amor o amor de amar não sabem
como não amam se de amor não pensam
os que amar o amor de amar não gozam.
Amor, amor, nenhum amor, nenhum
em vez do sempre amar que o gesto prende
o olhar ao corpo que perpassa amante
e não será de amor se outro não for
que novamente passe como amor que é novo.
Não se ama o que se tem nem se deseja
o que não temos nesse amor que amamos
mas só amamos quando amamos ao acto
em que de amor o amor de amar se cumpre.
Amor, amor, nem antes, nem depois,
amor que não possui, amor que não se dá,
amor que dura apenas sem palavras tudo
o que no sexo é o sexo só por si amado.
Amor de amor de amar de amor tranquilamente
o oleoso repetir das carnes que se roçam
até ao instante em que paradas tremem
de ansioso terminar o amor que recomeça.
Amor, amor, amor, como não amam
os que de amar o amor de amar não amam.
Jorge de Sena,
Peregrinatio ad loca infecta
21.9.09
adeus Lucas
18.9.09
loja chinesa
17.9.09
caril
16.9.09
biografia
Outros quebravam o seu rosto contra o tempo.
Odiei o que era fácil
Procurei-te na luz, no mar, no vento.
Sophia de Mello Breyner Andersen
15.9.09
ovo estrelado
14.9.09
de regresso
12.9.09
11.9.09
10.9.09
bacalhau uma vez mais
Não foi tão feliz uma das amigas cujo contributo para a tertúlia foi este: "- Será por ser bacalhau da época?"
A terceira interveniente, ainda aqui não citada, não se conteve - e eu acho que com uma certa razão - e disse: "- Da época? Mas há bacalhau da Noruega todo o ano."
Estava dada a volta à mesa. A primeira tomou a palavra, como era devido: "- Aliás, o meu falecido pai até comprava bacalhau inglês."
9.9.09
8.9.09
no ar
- ó maie, olha um abioue taue grande!
7.9.09
sol e sombra
4.9.09
uma boa notícia
3.9.09
1.9.09
palavra do dia
(talinga + -ar)
(origem obscura)