30.9.08

ménage

Afastou-a da sua vida como quem sacode um tapete.

29.9.08

inícios (20)

Muito se escreveu já sobre Charles Strickland e pode, à primeira vista, parecer inútil insistir no assunto.

W.Somerset MAUGHAM
Um Gosto e Seis Vinténs
The Moon and Six Pence (1919)
Livros do Brasil, colecção miniatura, s/ data

27.9.08

linha

O homem tinha o nariz comprido, muito comprido. A mulher chegou apoiada numa canadiana. Tudo naquele casal era longitudinal.

26.9.08

trajecto

Quando vou a casa da S. viro sempre na Travessa do Paraíso. Só por causa do nome.

25.9.08

lunch time

Ontem vi um gato preto ao sol. Ainda tinha duas penas na boca.

24.9.08

Bloom ou a volta ao mundo em 80 dias

Ouvi a primeira frase já a meio: '- tive um namorado alemão, tive um namorado vietnamita -' (a outra interrompeu-a):

'-Vietnamita?'.
'- Não falo chinês, que eu saiba não falo chinês, mas 'tou a ver que parece, senão já me tinhas explicado onde é que está a admiração da tua filha ter um namorado moçambicano.' '- Não é a mesma coisa, pois não?' Ela concordou: '- Felizmente para ti, não é. O que a minha mãe não deve ter passado. Apresentei-lhe alguns. A minha mãe sempre foi muito liberal-' (a outra volta a interrompê-la) '-Liberal a tua mãe?' (mas ela não faz caso) '- Ainda hoje com 84 anos fala de vez em quando 'naquele rapaz belga, tão jeitoso', como se os outros não fossem jeitosos, graças a Deus sempre tive bom gosto'. '-Belga?'. (voltou a não fazer caso) '- Sabes, de quem eu gostei mesmo foi do escocês.' '-Do Bloom?'. '- Sim, do Bloom, conheci-o em Torremolinos. Mas estávamos de férias. Não tínhamos tempo para mais nada.' Fez-se um silêncio intenso, breve.

(A outra desta vez interrompeu o silêncio) :'- Pensava que ias falar do brasileiro que conheceste em Nova Iorque-'. '-Olha, esse estava-me a passar. E tu não fujas com o rabo à seringa: qual é o problema do rapaz ser moçambicano? Um palop, giro, sem necessidade de tradução'. A outra respirou fundo. Finalmente conseguira que a outra respirasse fundo. Houve uma espécie de trégua.

A trégua envolveu outra vez o silêncio, mas desta vez acompanhado de olhares alheados, gestos repetidos, como mexer inutilmente no dedo anelar, uma tensão consentida.

Estranhou. Ela relembra num relance a última réplica e não vê motivo para tensão alguma. Teria sido a acentuação da palavra 'problema', a ligação sem pausa entre 'passar' e 'e tu não fujas'? Nada conclui e fica sem saber o que terá levado a outra a respirar profundamente. O curioso é que ela própria se sentiu afectada. Lembrou-se do dia em que se despediu de Bloom. Bloom tinha-se levantado para meter o troco no bolso, tinham acabado de tomar o pequeno almoço, e ela murmurou em português:'-Nunca mais te vou ver.' Ele disse quando se sentou: '- What you say?'. Ela respirou fundo e sorriu. Então ele disse: ' - What you say just can't be true' . Com tantas horas que o dia tem, e tantos minutos que as horas têm e tantos segundos também, tinha de ser exactamente naquele instante, no instante em que ela recordava os lábios de Bloom, o torso magro, os ridículos calções, o cheiro, os olhos azúis de Bloom que a outra resolveu falar. A interrupção é um vício. E afinal o que é que a outra tinha para dizer? Isto: '-Não queiras comparar, os tempos eram outros.'

Conteve-se e trincou a torrada e com a boca cheia disse: '-A verdade é que depois disto tudo casei-me com um gajo de Castro Marim'. '-Por favor, não chames gajo ao teu primeiro marido. Não vale a pena descer o nível da linguagem. Antes a nostalgia.'

Ela não deixava de ter razão. Mas prometi a mim mesma não voltar a pensar no Bloom.

23.9.08

os projectos

Castafiori deu notícias. Praticamente não teve férias. Por causa de um projecto. Madame Castafiori é uma mulher de projectos. Mesmo quando na sua vida são 3 da manhã, Castafiori encontra um projecto para as 3 da manhã. E eu brinco, eu rio-me.

Mas não conheço muita gente como Castafiori. Ok. Ela dá-se ares. Julga-se acima de quem corre para o 42, não entra numa casa de banho pública a não ser in extremis - para retocar os lábios, bien sûre -, fala francês com uma pronúncia irrepreensível e lamenta não poder dizer que aprendeu a tocar piano. Castafiori é o género de pessoa que não toma café se a chávena não tiver um pires por baixo. Mas uma coisa Castafiori faz sempre, com sol ou com chuva, de bem ou de mal com o mundo: levanta-se todos os dias para trabalhar. E eu posso continuar a rir. Mas só até certo ponto. Boa sorte para o seu projecto, Castafiori.

22.9.08

inícios (19)

Menina e moça me levaram de casa de minha mãe para muito longe. Que causa fosse então a daquela minha levada, era ainda pequena, não a soube. Agora não lhe ponho outra, senão que parece que já então havia de ser o que depois foi. Vivi ali tanto tempo quanto foi necessário para não poder viver em outra parte. Muito contente fui em aquela terra, mas, coitada de mim, que em breve espaço se mudou tudo aquilo que em longo tempo se buscou e para longo tempo se buscava.

Menina e Moça
Bernardim Ribeiro (?1482-1552?)

20.9.08

férias grandes (3) sandes de atum

'inventaire à la Prévert' para cinco dias de praia:

Um protector solar, duas garrafas, três euros para o bilhete, quatro folhas
em branco; e uma sandes de atum. Seis folhas impressas em papel
reciclado e um pêssego; um guardanapo caído atrás do frigorífico; uma canção do Caetano, sonho meu, atrás da
verde-e-rosa, só não vai quem já morreu;
um panamá, o mesmo protector solar; e outra sandes de atum.

Um mergulho, três homens e uma bola, os meus óculos de sol,
um veleiro em sotavento, quem vai ao mar perde o lugar; na esplanada dos espanta-espíritos
servem batidos e melão com presunto, quero água tónica e trinta e duas rodelas de limão.
Terceira sandes de atum.
Maré viva, âncoras comuns, os ricos saltam nas dunas, eu leio uma entrevista com Quique Flores; esta noite no bowlling já sei que não faço strike algum. How many
strikes you can get. Acabei de despachar a minha sandes de atum.
Tell me now.

Já joguei snooker, já joguei matrecos, vi um papagaio, fui à praia verde. Fiz a 125 para cá e para lá. Amanhã parto. Encontrei um telegrama antigo que dizia "conta muitos", etc, etc. Hoje é o meu último dia, na Ria Formosa, Santa Luzia.
Aqui.
Sento-me no café do Beto. Trago oregãos da mercearia. O circo levantou ontem. E
esta noite
ouvi o mar.
Um mapa, uma estrada, dois carros que se cruzam
na estrada, um puto de havaianas, cinco mulheres na areia, um relógio nike
com cronómetro, uma prancha, duas pranchas, chegou a vez da sereia. Mergulho.
Um pavimento flutuante.
Os jornais só falam em criminalidade violenta, quarenta assaltos e dois
sobressaltos,
o primeiro quando cheguei, o outro quando parti. Adeus
terra estreita, adeus praia do barril, já na travessia comi a quinta sandes de atum, uma por cada tarde a existir só para mim. Esta noite não jogo setas.

19.9.08

a psi

"Tenho que ir ver se a psicóloga já veio, ou o caraças..." disse ele ao outro. Ele é o Chinelo e o outro é o Puma Branca.

O Chinelo é o amigo previsível do Puma: bermudas e chinelos nos pés. Cabelo claro, discreta tatuagem acima do cotovelo, ei-lo na rua, com a paragem do 18 sob controlo e os dedos da mão direita a estalar sob a pressão da mão esquerda. Quem procurar sinais de pulseira electrónica, desengane-se. De vez em quando faz o euro milhões como eu. Pode ser que a sorte mude, uma pessoa nunca sabe.

Em tudo isto, só há uma coisa inventada: ele não disse 'ou o caraças'.

18.9.08

férias grandes (2) o arrozinho de polvo

Mértola encanta-me nesse sábado em Agosto. Ainda ontem quando atravessava a Praça da Figueira pensava nisso: mas o que é que tem Mértola? Sentei-me num banco em frente à Casa da Sorte e pus-me a associar: água, rio, o ali e o lá; Mértola debruçada sobre o rio; as margens; Mértola desalinhada sobre a linha, a corrente, imprevisível.

Mértola é feita de fragmentos sobre a água, o rio é uma promessa para além de e antes de; o exterior uma esperança. E uma ameaça. Que se controla de cima mas não de longe. Em Mértola sou capaz de imaginar alguém a construir uma varanda só para suspirar. E além disso ainda precisamos de mouras encantadas e conquistas agrestes, templos sobre templos, o branco sobre o branco. E duma palavra fascinante: árabe.

Bom, adiante, que eu não sou pessoa para ficar nem aqui nem ali de boca aberta, ai que linda que é Mértola. Não exageremos, eu fui criada em Évora. Ok Mértola, adeus Mértola.

Voltarei. Por agora prossigo nas curvas e contracurvas a que o cliozinho chama um figo. Depois uma estrada e pêras. Seguimos, já muito perto do fim da tarde, numa cadência tranquila, tão tranquila que a dada altura oiço a minha amiga (a minha amiga passa o tempo, como diria o Lopes, a serrazinar-me o juízo por causa da aceleração): '- assim é que eu gosto de andar, a esta velocidade'. Olho para o velocímetro e vejo o ponteiro entre os 70 e os 80 kms. Apanhada a conduzir como uma velhinha, apressei-me a apanhar a A22 já perto de Vila Real de Santo António.

A nossa cabeça não pára, oh yes, in deed, e vá de me lembrar do Marquês. Mas já na altura não me pareceu inteiramente certo ocupar a mente com o Marquês logo quando a luz dourada e uma brisa feliz invadiam mansamente o cliozinho. Mas pronto, o que é que se há-de fazer? Pensar é um vício. Acabo de chegar a Tavira.

Tenho uma momentânea sensação de chegar a casa, só porque há três ou quatro anos passei aqui várias semanas na rodagem do 'Kiss Me'. Pressinto a linha do horizonte, vejo umas ruínas, misturo isso com as imagens do filme, a Marisa a atravessar a ponte, vejo umas esquinas caiadas, um traço contínuo a separar o trânsito, a chuva que nos estragou um dia inteiro de rodagem e um cão vadio que por força queria entrar no plano. E entrou.

Sigo em frente. Pouco depois entro em Santa Luzia. A chave estava no R&M. O jantar da hospitalidade é arroz de polvo. Fiz uns conhecimentos nessa noite. Depois adormeci. Não sei se sonhei com alguma cativa numa varanda sobre o Guadiana, se com os caracóis do Marquês imperial, ou com as cores da ria Formosa, se com os sobreiros da estrada de Montemor a Alcáçovas. Estava cansada. No dia seguinte quando acordei apanhei o barco para a Terra Estreita.

17.9.08

ora vejamos

O café do Senhor Almiro tem um novo empregado. Dei por isso ontem pela manhã.

- Ora o que é que vai ser?
- Uma italiana.
- Uma italiana, muito bem, uma italiana.
/.../
- Ora aqui está o seu cafezinho.
- Obrigada.
- Não vai ser mais nada?
- Um copo de água.
- Muito bem. Está a sair um copito de água.
/.../
- Ora aqui tem o seu copinho de água.
/.../
- Quanto é?
- Uma moedinha de 50, mais cinco cêntimos.
- 55 cêntimos.
- 55 cêntimos, certinhos, ora bem.
/.../
- Volte sempre.

Rosnei qualquer coisa e saí. Mas, atenção, não nego os méritos do novo empregado: primeiro, não perguntou se em vez de 'uma italiana' eu não preferia 'um italiano'; segundo, depois de eu pedir 'um copo de água' não substituiu a expressão por 'um copo com água'. Estou-lhe reconhecida. Maiores males se terão evitado. Com a disposição com que acordo não sei o que teria acontecido se tais palavras tivessem sido pronunciadas. Um profissional. Ora bem.

16.9.08

férias grandes (1) o lombinho de porco preto

Já passava da uma da tarde. À porta da sede sportinguista de Viana do Alentejo estavam dois rapazes com as respectivas minis na mão. Um deles cantava. O outro respondeu à pergunta: "No fim da rua, à direita, está a ver aquele sinal?, passa duas ruas, não é a primeira nem a segunda, é a outra, sobe um bocadinho a rua, fica do lado esquerdo, mas em olhando logo vê".

Ainda não esqueci o lombinho de porco do restaurante que em olhando logo se via, esplanada improvisada à porta da rua, no metro e meio de sombra entre a parede e o alcatrão. Dali seguimos - eu, o cliozinho e uma amiga minha - rumo ao sul, rumo a Tavira, Santa Luzia exactamente. Tinha-me decidido pelo interior, numa espécie de ensaio da viagem transfronteiriça que quero fazer e para a qual nunca encontro companhia. Em Agosto? O teu carro tem ar condicionado? Tem, mas não funciona. Então não tem. Tem. Não tem. Tem, mas acabou-se o gás. O gás?! Não fazia ideia que o teu carro era a gás. Não, o ar condicionado é que... É pá, não te ponhas a explicar como é que funciona o ar condicionado, quero lá saber como é que funciona o ar condicionado, funciona e pronto, quer dizer, no teu caso não funciona. Olha lá, e não podias fazer essa tal viagem na Páscoa? Não me gozes, a viagem transfronteiriça é para ser feita no Verão, qual Páscoa, qual caraças, no Verão. Senão não se apanha o espírito da coisa. O espírito da coisa? Com o calor que está em Agosto deve ser cá um espírito... Deves ter muito a ver com isso!

Adiante. Ainda com o sabor da esplanada, e a frustração de mais um Verão não-transfronteiriço, passei por Alvito, passei por Cuba, passei ao largo de Beja, sempre à esturrina do sol, como diria a minha mãe, até apanhar a estrada para Mértola. Estávamos a 23 de Agosto, um sábado em que não corria uma aragem. A rodagem de "O Meu pai" tinha acabado dois dias antes, quinta, 21. A 22 entreguei o resto da papelada. A 23 atravessei finalmente o Tejo. Tinha-o feito há poucas horas e já começava a recordá-lo. A memória é um vício.

Nacional 4. Em Montemor cortei para Alcáçovas, onde já não ia há séculos. Entramos num café, um café de azulejos tristes, um vago cheiro a mofo, dois queques abandonados sob o vidro riscado do balcão, onde o Record de há 4 dias era a novidade mais sonante. Tem sandes? ainda me atrevi a perguntar. De queijo e fiambre. Mas sentia-me derrotada pelo ambiente, não fui capaz de dizer que farta de queijo e fiambre andava eu. Lancei então uma armadilha: "e de presunto, tem"? Não, de presunto não tinha. "Deixe lá, também não tenho muita fome". Ala que se faz tarde. Num ápice estava na rua, virei a esquina e entrei nos balneários públicos. Molhei os braços até aos cotovelos mas um rasto de má fortuna seguira-me. À posteriori, pensei que só podia ser essa a explicação. E francamente, acho que pensei bem.

Ao entrar no carro, dei voltas e mais voltas à procura dos óculos comprados em Maio, raios partam os óculos, 700 euros ainda é dinheiro, levei dois anos para mudar de óculos, raios partam a graduação progressiva. Começava a pensar que tinha sido muito má ideia passar por Alcáçovas depois de vários séculos sem lá ir. Afinal os óculos estavam caídos no interior do cliozinho e o cliozinho nada, calado, muito bem caladinho, como se não fosse nada com ele. Por esta vez vá, não ligo, the show must go on. Vinte quilómetros depois sim, ouvi uma boa notícia: " está a ver aquele sinal?, sobe um bocadinho a rua, fica do lado esquerdo, mas em olhando logo vê".

14.9.08

intercidades

Cheguei. É bom chegar a casa.

11.9.08

bandeira amarela

Contando com as gaivotas, devíamos estar para aí uma dúzia na praia. No mar não havia ninguém. Temperatura da água OK. Tempestade de areia QB. Nem dava para apanhar conchinhas. Meti-me à estrada e andei de bicicleta. Para cá o vento estava de frente. Comprei maçãs e incluí-as no jantar, eram oito e tal e o pinhal estava silencioso. Estou no Norte, com as gaivotas em terra.

9.9.08

inícios (18)

- Nunca vi umas pernas iguais às tuas - disse o Borges com eloquência raspando suavemente o indicador na dobra do joelho de laura, dando logo a ideia de que estava habituadíssimo s lidar com pernas. - Apetece-me ficar assim o resto da minha vida a olhar para ti. Nunca vi uma rapariga como tu.
Corações Piegas
Abel Neves

Cotovia

7.9.08

a tosta

A tosta está fria, reclamou. A empregada encostou o dedo indicador à tosta e confirmou: "Está, sim".

3.9.08

os facalhões

Ontem entrei num estabelecimento comercial e apanhei na caixa o seguinte monólogo:

"Um amigo meu, que tem um restaurante, um dia foram lá comer dois tipos e chegaram ao fim e disseram que não tinham dinheiro para pagar. Ele não fez mais nada: pôs os cozinheiros à porta, cada qual com o seu facalhão, e depois, um a um, levou os tipos p'ra um canto e pumba, pumba, deitou-lhes o nariz abaixo; os tipos não podiam fugir, que o meu amigo pôs logo os cozinheiros à porta com uns facalhões deste tamanho; mas não se ficou por aqui: depois, mando-os despir e olé, rua com eles. Nuzinhos no olho da rua, que é para aprenderem. Trigo limpo, farinha amparo. Uma pessoa trata-os bem e eles portam-se mal."

Não sei o que mais me chocou: se os factos descritos, se a circunstância do narrador ser alguém com alguma instrução formal. Não consegui calar-me. Aliás, por altura dos facalhões já me estavam a dar uns calores. A primeira coisa que me veio à cabeça foram os princípios do direito penal moderno. Mas também não consegui articulá-los. Limitei-me a responder como uma varina ilustrada.

Agora uma coisa não posso deixar de confessar: achei graça àquilo dos facalhões.

2.9.08

bica atribulada

Pegou no cós das calças e puxou-as para cima, virou-se e eu li estampado no polo www ponto continente ponto pt; recuou e foi bater com o braço no balcão. Por causa disso derrubou um pires que se partiu no chão como a maça de Newton.

1.9.08

aliança

Passei na esplanada e de relance vi o Puma Branca e a mão do Puma Branca pousada na mesa verde. Segurava um fino com a tal mão que era a esquerda e onde brilhava o ouro do compromisso, uma aliança. Nunca tinha reparado, e também nunca supus. O Puma Branca casou-se ?