16.6.07

bolero

O barman pôs o gin tónico à sua frente. Era assim todas as noites. Faltava ainda o bolero. Mas o bolero só existia na sua cabeça, porque ali não se tocavam boleros. Ei-lo, pois, na sua cabeça, o bolero, debitado de uma cassete de música ambiente numerada com o número três redondo até cair. Mas antes disso faltava ainda um par de légrimas, lágrimas pela sua amada que ele desejava que estivesse morta. Mas antes dessas lágrimas cairem, faltava ainda um par de palavras que ele não era capaz de dizer.