Leio no Público de hoje que "Três Cavalos", de Erri de Luca , está em primeiro lugar no top ten de vendas da livraria O Navio dos Espelhos, em Aveiro. Ficção.
Há uns meses, a A. falou-me deste livro que, aliás, lhe tinha sido recomentado pela M., durante os dias mediterrânicos do verão passado. Emprestou-me o livro com o mesmo entusiasmo com que o leu. Não sei porquê, talvez seja a mania cada vez mais presente em mim de ler vários livros ao mesmo tempo, o certo é que "Três Cavalos", livro de pouca espessura, foi sendo trocado um dia por um, outro dia por outro. Até que um dia o livro me foi confiscado. A minha palavra, de que sim, que estava a gostar do livro, de que sim, o leria até ao fim, de nada serviu. Lembro-me de um homem numa taberna, lembro-me duma mulher, estrangeira. Lembro-me dos atritos e do desenho da escrita. Uma escrita feita à mão. Uma escrita desamparada. Acho que não se pode ler este livro no Outono.
Ao escrever este post, não temo que o céu me caia em cima da cabeça. Temo estar a confundi-lo com outro. Mas não. "Três Cavalos" é um livro inconfundível.