22.3.05

querida

Às 5 da tarde instalei-me no café cujo dono me chama querida. Amante de ervas e cheiros, há dois dias que aspirava por uns minutos que me permitissem alinhar um post sobre o assunto.
Encontrados os minutos, encontrado o local, faltava encontrar a paz de espírito necessária para escrever sobre a minha nova condição de proprietária de uma plantação de poejos. Era o que esperava encontrar ali.
E ali estava ela, a paz de espírito, entre o bruá da clientela, da clientela de calças de lycra, alimentada a correio da manhã e toques polifónicos, porém, meus colegas de delta e um copinho de água, se faz favor.
Abri o meu caderninho de capa branca e contracapa amarela. Encontrei no fundo do bolso a discreta parker cor de laranja, Mal tive tempo de põr à frente da nota "poejos/ ver o nome em latim" um ponto de interrogação. Ouvi o dono do café chamar querida a outra cliente que não eu. Fechei o caderno e saí.