4.12.09

sennep

Parti hoje um pequeno vaso em porcelana que tenho há anos e que nunca utilizei a não ser para guardar as pilhas descarregadas. Era um recipiente peculiar, uma espécie de chávena de café sem pega. Nunca soube o que significava a palavra que ressaltava no branco sujo, impressa a azul, em letras largas: sennep. Hoje não resistiu a uma arrumação mais temperamental e caiu no soalho sem apelo nem agravo, como diria o Gabriel Alves. E quando apanhei os fragmentos tive uma sobressalto antes de despejar a pá em que os recolhi. Parei, voltei a fechar do balde do lixo e não resisti a juntar os restos, e formei quase letra a letra a palavra que remediava estava: sennep. Sennep quer dizer mostarda em dinamarquês. Só o soube esta tarde.