22.4.07

riscos

Feira Nova da Boavista, na fila para a caixa. Enquanto a empregada registava 12 rolos de papel, mais um kilo de carne para assar, mais duas latas de atum, mais um pacote de massas milaneza, mais, mais, a interlocutora fazia-se ouvir alto e bom som.
Mas ele tem de arriscar. Uma pessoa tem de arriscar (...) é o que eu te digo, tudo na vida tem o seu risco (...) Hum, hum. (...) Ah, ele é desses?! (...) Havia de ser comigo (...) Pois, pois, uma coisa te digo eu: não tenho paciência. É que não tenho paciência nenhuma para esse género. Não tenho mesmo paciência nenhuma o que é que queres? (...) Imagino (...) deves ter respirado fundo várias vezes (...) Pois, calculo (...) Deixa estar, que eu resolvo (...) Ai tu gostas dele? Ó filha, já podias ter dito!