7.4.11

o problema das quintas-feiras

O problema das quintas-feiras é que calham a seguir às quartas. Às quartas há aula de tai-chi. Ontem foi quarta. A aula de tai-chi foi sobre murros. Duas horas de murros. Dois tipos de murros. O murro da serpente, a grande sabida,  e o murro do tigre, sempre o maldito tigre. Desenvolvo: o murro da serpente é um murro venenoso: é dirigido à cana do nariz e dado com os nós dos dedos. Estamos entendidos?!  O murro do tigre é bem mais simples: é para partir tudo. Dividem-se em curtos e longos, exactamente murros curtos e longos, ou, se preferirmos, curtos e longos murros. Em qualquer deles, não esticar por completo o braço. Mas never, never. Já vos disse que o tai-chi é uma arte marcial? Não há cá mais ou menos. Não damos um murro mais ou menos, nem um murro é mais ou menos curto, nem fugimos mais ou menos, nem fugimos de mais, nem fugimos de menos. Se fugimos, fugimos, se damos o murro, damos o murro. Assim!