2.1.09

programa ao ar livre

No Verão, a floresta. No Inverno, o mar. Passeio desencontrado este acabado de programar ontem, primeiro dia do ano. Esquiva-se à lógica e até ao gosto. Mas não a uma certa geometria, infelizmente. Não aprecio a floresta, nem fico de boca aberta diante do mar. E quem pensar que do que eu gosto é de museus engana-se redondamente. Gosto da sombra, das folhas a marulhar, e gosto da brisa e das dunas à vista desarmada. E também gosto dos retratos de Velásquez. Mas do que eu gosto mesmo é do ar livre. E de água sem gás engarrafada.

Também gosto de ver um pássaro na estrada a desviar-se dos carros no último instante, provocador e santo, como se fosse também o último a acreditar em Deus. Além disso, gosto de imaginar picnics com ramalhetes rubros de papoilas. É tudo.