3.7.08

convite

Acabei de ligar a Castafiori. Estava evasiva. Estranho. Que se passará com Castafiori? Nada como uma imperial ao fim da tarde. Convidei-a. Aceitou. Não lhe disse que era para comer caracóis.

Já estou a ver a cara de enjoo. Só a palavra a indispõe. E onde? Num dos cafés do triângulo dourado, responderei. Mas isso são tascas com esplanadas e bandeiras portuguesas ao vento. Que enjoo. Cara Casfariori, esta é a minha rua, este é o meu mundo. Ela dir-me-á, já a descer as escadas, 'não vai começar com a ladainha neo-realista, pois não? Até parece que mora numa barraca.'

Calar-me-ei, então. Quando chegar ao café do Sr.Vic pedirei um prato de caracóis e uma imperial. Nessa altura ouvirei de novo a voz timbrada de Castafiori : 'Para mim, um chá de rosas.' Quantas vezes é preciso dizer-lhe, Castafiori, que no café do Sr.Vic não se serve chá de rosas?!