Ontem terminei a rodagem de "O Meu Pai", um filme da MGN, realizado por Joaquim Leitão, com quem, mais uma vez, foi um prazer trabalhar.
À noite houve uma festa no MusicBox. Um pouco cansados, um pouco nostálgicos já, como costuma acontecer no final das rodagens. Começámos na manhã de 7 de Julho, no Estádio Pina Manique e acabámos em Belas, faltavam 5 para as 6, no Aqueduto das Águas Livres. Assim foi durante 7 semanas, ora aqui, ora ali: Jamor, Damaia, Massamá, Oeiras, Estoril, Caxias, Cova da Moura, Alcântara e outras paragens, nem sempre reconhecíveis nas 35 fotografias, uma por dia, que tirei e publiquei.
Agora paro uns dias. E recomeço. Não sei bem o quê. Mais uma vez a coisa não me correu bem, mesmo nada bem, no concurso das primeiras obras. Ano após ano há sempre uma catrefada de projectos que o júri julga melhores do que os meus. Desisti de perceber quais, porquê, em quê, etc. Etc são todas as outras armadilhas que nos incendeiam. Mas também vejo os filmes, os que são mostrados, é claro. Já me aconteceu ser uma das três pessoas na sessão e isso mata-me. Mas também vou ter de morrer de alguma coisa. Morrerei sem perceber nada, para resumir. Também já faltou mais. Amanhã vou atravessar o Alentejo e, se isso não me chega, por momentos deixar-me-á feliz.
DSCN5012©fatima ribeiro2008