31.10.06

greve do metro

Hoje a manhã foi de nevoeiro. O despertador tocou às sete e dez. Madame Castafiori tinha-me pedido para a levar à estação do Oriente.
Ao chegar ao café onde eu já a esperava, Madame Castafiori declarou: estou rabujenta. Calei-me. Depois pediu um copinho de água. Tinham começado os calores.

Vera e link


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Esta é a minha Vera. A Vera é uma gata do ano 2000. A Mia é 3 anos mais nova e tem tanta vocação para gata como eu para focos.

29.10.06

Why Dogs Do Not Speak (English)

A Rosário - a minha vizinha do segundo - comprou uma, duas estantes Billy. As estantes Billy são muito populares. Pelo menos no meu prédio são. Quem introduziu o vício das estantes Billy no prédio fui eu.

Ao contrário da maioria das pessoas que compra estantes para comprar mais livros, a Rosário compra estantes para se livrar deles. Então para que é que as compra? Essa também foi a pergunta que eu fiz - a mim própria -, o que só por si é indício do quanto podemos ser quadrados em momentos cruciais. É muito mais inteligente comprar estantes para desocupar do que para ocupar. Hei-de ver qual é a etimologia da palavra estante, mas cheira-me que deve ter a ver com estar e, mesmo assim, mantenho o que disse atrás. A etimologia tem-me ajudado muito.

Incluindo-me eu na corrente contrária, a que segue de perto a etimologia, parte dos livros de que a Rosário se livrou estão agora no andar de cima, quer dizer, transitaram graciosamente, claro está, para as minhas estantes Billy. Entre eles um livro em inglês. Pensei oferecê-lo a alguém que, para além de ter estantes, soubesse inglês. Tinha inclusivamente uma pessoa em mente. Esse nome surgiu-me de imediato quando atentei no título: "Plains indian mithology". Agora arrependo-me, como se compreenderá mais à frente, de não ter atentado um pouco melhor na capa do book, a mentor book. Se tivesse atentado como deve ser, teria visto que o book se reportava a índios da América, os índios, e não a índios da Índia, os indianos. Uma precipitação da minha parte: mitologia, Siva e Visnú, que grande confusão.

E agora o que é que eu faço ao livro? Não sei inglês, se soubesse já tinha lido o capítulo que dá o nome a este post - Why Dogs Do Not Speak . Aproximar-me do meu cliente com um livro de índios que não sejam indianos nem pensar. Não o posso vender porque nunca vendi um livro e além disso parecia mal, muito mal. E sobretudo falta-me coragem. Que a Rosário tenha um coração de pedra e se tenha desfeito de um livro que adquiriu na Suíça há 26 anos, como consta da nota assinada na primeira página, é uma coisa, que eu seja capaz de abandonar um livro que herdei há dois dias é outra coisa, completamente diferente. Estou num impasse. Se eu fosse o Miguel punha-o no eBay. Se soubesse inglês, lia-o. Se vendesse castanhas, usava-o. Assim, não sei o que fazer. Posso oferecê-lo, mas quem é que o quer ? Já pensei ir aprender inglês.

22.10.06

ida para o trabalho


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